Specialized StumpJumper FSR 2011 29"

Pessoall, após uns 4 meses de uso, já podemos fazer um review mais apurado dessa bike e algumas coisas são bem importantes de serem observadas ANTES de adquirí-la!!!

Mais fotos dessa StumpJumper FSR 2011 neste post!
O modelo testado é o 2011 com dois upgrades. De suspensão (uma Rock Shox Recon de 140 mm) e de freios (Elixir RL com rotores de 203 e 180). O resto é padrão de fábrica!
Realmente a 29" literalmente atropela tudo que é buraco! Nosso piloto já tem alguns parafusos a menos normalmente e com essa bike ficou inalcançável nas descidas! Todo mundo diz que ela perde um pouco de agilidade em relação às 26", não chegamos a notar isso.
Sobre as marchas, pessoalmente eu não gostei da relação 20. Precisei ficar manipulando muito o câmbio da frente para chegar a uma marcha adequada, o que normalmente não acontece nas 27, pois o volante intermediário é bem versátil. Como rodei apenas uma trilha, pode ser uma questão de costume também!
O que mais me impressionou nela foi a estabilidade. Equipada com dois Purgatory de 2.2 e com um bom ângulo do head tube, não esperávamos nada menos que isso!
Agora os pontos ruins!
Primeiro, e talvez mais grave de todos, a specialized resolveu, em 2011, construir seus próprios cubos e esta linha foi a cobaia. Resultado, com 2 meses de uso o cubo simplesmente estourou como nunca aconteceu com nenhuma bike do grupo! Pior, não se acha este cubo para comprar! Nos EUA, descobrimos que o cubo é fora de padrão. Ele usa 36 furos (normalmente são 32) e pelo fato da relação ser 10 marchas atrás, ele se tornou mosca branca! Somente o original specialized é vendido.
Em um revendedor ofical (em Chicago), descobrimos que demora 30 dias para o cubo chegar! Resultado, o biker teve que comprar uma roda nova, raios e um cubo novo (DT Swiss de US$ 300,00) para não ficar à pé! O detalhe é que, segundo o vendedor, nenhum outro cubo tem essa configuração (10 marchas e 36 furos). Aparentemente a specialized fez isso para forçar a entrada do seu cubo no mercado! Eu já soube de mais casos de problemas inclusive na linha S-Works 2011.
Outros pontos menos impactantes, mas importantes de serem salientados das bikes 29. As câmaras de ar são mais difíceis de encontrar e custam o triplo (aqui no Brasil). Mesmo nos EUA, não foi fácil encontrar pneu 29. Nas lojas era preciso encomendar e o preço também é bem mais alto que os 26. O dono desta bike já comprou cassete, corrente, gancheira e tudo o que mais estraga para deixar de reserva em caso de eventualidades. Acho que essa é a dica para quem não quer correr o risco de ficar à pé ou gastar uma grana para repor alguma peça na emergência!